Árbitro Bom é Aquele que Vem da Várzea



Não é fácil mesmo explicar essa profissão sem entrar no sentimento, no emocional dos árbitros de futebol. As dificuldades enfrentadas por todos que sonham em se tornar renomados árbitros no futebol brasileiro. O contraste entre o sucesso e o insucesso apresentado na trajetória do mundo do apito abre ainda mais espaço para discutirmos sobre a quase regulamentação da profissão. A arbitragem gaúcha sempre esteve no topo da arbitragem do brasileiro , nos dois últimos a se destacar foram o Leonardo Gaciba foi escolhido três o melhor árbitro do brasileiro seguidos e o Carlos Simon trabalhou em três Copas do Mundo , os dois começaram na várzea.


Mau quisto por todos. Onze contra onze em campo, mas frente aos árbitros, vinte e dois contestadores. Soma-se isso ao público presente. Todos querem a sua cabeça. Paus e pedras chegam de todos os lados. Por que enfrentar esse desafio? O que pensam os homens do apito e da bandeira? Coragem, loucura, o que realmente os motiva? São muitas histórias. Felizes e tristes. De sucessos e insucessos. Os árbitros têm como denominador comum o sentimento: paixão pelo exercício profissional. A coragem não é um sentimento, é uma necessidade. 


Carlos Simon, o árbitro brasileiro mais atuante em Copas do Mundo. Três copas e cinco partidas. Sempre gostou do futebol, tentou jogar na adolescência, mas sem êxito. O insucesso com a bola nos pés aguardava uma surpresa para ele. Foi à terra sem lei, foi aprender as malandragens. Após adquirir a estrela de xerife do faroeste campal, fez o segundo curso e ficou habilitado para apitar campeonatos estaduais. Simon, formado em jornalismo na PUCRS, sempre teve outros empregos, já que a arbitragem não garante uma estabilidade financeira. Essa situação durou até chegar ao nível FIFA. Quando alcança tal status, deslumbra-se. Conhece o mundo todo graças ao futebol. A paixão só aumenta. 


Leonardo Gaciba gostava de jogar bola, com as mãos. Não, não tratamos de futebol neste momento. O esporte era outro. Fã de handebol, Gaciba se formou no ensino médio e foi impedido de disputar a modalidade pelos Jogos Escolares. A solução encontrada? Participar do torneio dentro da quadra apitando as partidas. Entrou em uma equipe multidisciplinar de arbitragem. Até disputas de tênis de mesa comandou. Gostou. Tomou jeito para a coisa. Foi, então, finalmente convidado para fazer uma partida de futebol promovida por uma associação colonial de Pelotas. Descobriu que um dia apitando futebol de campo equivalia financeiramente a três meses de trabalho com o esporte que tinha amor desde a infância. Claro que a paixão mudou a partir disso.Com uma ascensão meteórica e impossível de acontecer nos dias de hoje, em virtude das novas regras vigentes para a formação de árbitros de futebol no Rio Grande do Sul, comandou partidas do futebol profissional aos 19 anos.



Perfil para passar por cima de tudo. Para lutar semanalmente contra a alcunha de vilão. O objetivo é esse, não ser o algoz da nação. Herói, o árbitro jamais será. Assinalar a marcação de um lance duvidoso, são questionado sobre se acertaram ou não pelos comentaristas de TV que têm no monitor mais de 10 câmeras com ângulos diferentes para analisar e definir se o árbitro acertou ou errou a sinalização, mas eles se esquecem que o árbitro tem segundos para tomar uma decisão. Acertos?Acertar é a obrigação, não merecer elogios por um lance difícil com êxito. Juiz bom é aquele que passa em branco, passa despercebido. Na relva da bola, um lance é suficiente para o time de árbitros ganhar cores que os acompanham a vida toda. Erros pintam os juízes, erros os tornam visíveis. Se um dia os árbitros beirarem à perfeição, será que seus nomes ainda serão ditos? Quem vai reparar no seu trabalho? Finalmente, encontrado o caminho, passarão de vilões a heróis. Os homens invisíveis, para manter a ordem sem olhares, sem reconhecimento, apenas para fazer o seu papel e poderem sentir-se seus próprios heróis.



Para finalizar um árbitro faz o curso na Federação de seu estado e tira 10 na prova teórica mas nunca colocou um apito na boca ou nunca esteve num campo de futebol , este provavelmente não vai ter vida longa na arbitragem . Já o árbitro formador na várzea tem uma experiência que lhe auxilia com a famosa regra 18 (malandragem). Deus é maravilhoso e nos ama mesmo quando não merecemos. Deus sabe a riqueza que existe dentro de cada um de nós... 







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ALEXANDRE ROGÉRIO MARQUES

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2 comentários:

  1. Acertos?Acertar é a obrigação, não merecer elogios por um lance difícil com êxito. Juiz bom é aquele que passa em branco, passa despercebido

    Esse trecho foi marcante!

    Parabéns pelo blog!

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