Opinião do Apito: O Árbitro e sua Arte de Pensar


Festa, cinema, musica, teatro é isso que um campo de futebol demonstra entre uma partida e outra, um conjunto de emoções. Amor, carinho, raiva, alegria, tristeza, são sentimentos que o futebol causa em um torcedor, atleta e treinador. E o árbitro ali, frio, balanceador, um elo perdido no meio da multidão. Não é fácil, viver neste mundo hostil, onde todo mundo te julga, mais ninguém gostaria de ser você. Onde todos, te cobram a regra, mas ninguém te dá segurança, para aplica lá. Falar, questionar, explicar uma aplicação de falta, todos querem, mas entender a regra, e ser Árbitro, são poucos que tem está coragem.
O Árbitro tem que ser calculista, psicólogo, educador, neutro, pensador e ter sempre autonomia. Os momentos mais sinistros para quem apita uma partida de futebol são quando temos que anular um gol, marcar um pênalti e aplicar um cartão vermelho. Neste três momentos vem a pressão sobre o Árbitro, estoura as emoções dos envolvidos e as vezes some a razão. Na assistência não é diferente: acompanhar um lance, não ter medo de “levantar a bandeira” e assinalar aquilo que, de acordo com as regras que tem precisão, tem plena convicção... e tantas outras coisas!


A arbitragem é complexa!
Com tantos porque, ficamos se perguntando, quando devemos puxar um cartão vermelho? Sempre que a regra exige, mas observando a leitura de jogo. Tem vezes que devemos aplicar o “Red card” no ato, mas às vezes, devemos esperar o clima pesado passar para mostrar. Na minha opinião, jamais vire árbitro de UFC, e tente parar uma briga, porque pode acabar sobrando para você. O árbitro nesta hora, tem que estar concentrado, e olhando o que vai acontecer, para no final, acabar punindo todos os infratores. Temos o momento para falar, ficar quieto, escutar e as vezes se fazer de surdo. Não é porque você não deu a última palavra, ou você se fez de surdo, que você é fraco. Lembre-se: "Arbitrar é a arte de pensar."

Respire, delete, continue no jogo concentrado que tudo tem a hora certa.
Vocês acham que só na várzea é assim, mas no profissional o árbitro, tem que se fazer de mudo e surdo também. O juiz (como somos chamados) tem que ter um psicológico muito preparado para enfrentar está tormenta. É um contra todos e todos contra um. Seja esperto e não o herói, pois na vida real, o herói no final, sempre acaba se dando mal. Repito, seja educado, mostre sua maestria, autonomia em campo, que você tem autocontrole, sobre todas as situações. Empurrar, gritar, dar chilique, mostra falta de autocontrole, e às vezes faz ainda, esquentar a situação. Deixo para vocês, um pouco da minha opinião, pois sei que não é fácil.
Eu não sou o melhor árbitro do meu Estado, e quem me dera da minha região, mas essa é a minha arte de pensar:
" Com respeito, humildade e autonomia vou carregando meu apito, nestes gramados com alegria."

De: Jhefferson Rodrigues.

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