Gestão do Apito: Uma Reflexão para falarmos em um contexto real sobre "Organizações" voltadas a Arbitragem no Esporte Amador


            Certa vez, um grandioso mestre falou: "A organização é um meio de multiplicar a força de um indivíduo"... (Peter Ducker).
            Com esse pensamento, trago uma breve reflexão ao que se refere ao compromisso que um indivíduo adota quando se une a um projeto, uma associação, um sindicato ou qualquer outra organização, seja esportiva ou de outro segmento do mercado.
            O ato de organizar consiste em colocar em ordem, arrumar de modo conveniente e funcional. Organização significa o ato de organizar, ou o efeito dessa ação. E uma instituição, denominada no mercado como organização precisa de pessoas compromissadas, competentes e que vista a camisa (falando no modo chulo) para que o ato de organizar-se nessa “Organização” seja um caso de sucesso.
            Porque tudo isso?
            Podemos afirmar duas coisas: ou eu visto a camisa e me destaco no mercado ou sou meramente mais um. Esse mais um apenas que é o problema mais grave; não é loucura da minha cabeça. Ou eu tenho uma organização com um time de somadores, de pessoas capacitadas e capazes de organizar-se e pensar em um coletivo, trabalhando em prol de um objetivo maior ou teremos esse “mais um” que trabalha em prol da minoria e pensando apenas no seu próprio umbigo.

            Vamos a um exemplo mais prático para você entender:
            Certo dia eu recebo um convite formal para integrar a direção de uma nova entidade esportiva; melhor, uma associação de árbitros. Em minha região já se tem 3 entidades do mesmo ramo, com “mesmos  objetivos”. E agora? Aceito ou não? Eis a questão!
            A facilidade de abrir um CNPJ é enorme em nosso país (Brasil), porém a dificuldade é de gerir esse, ou seja, a causa. E ai. Vou somar ou ser mais um? É inegável considerar a importância da organização como fator de produtividade, economia de tempo e espaço, e de esforços.

            Vamos abrir “aspas”:
            Reconhecidas pela Lei 10.406/02, uma associação é uma organização coletiva que surgiu como alternativa para estabelecimento de um grupo com objetivos e interesses em comum. Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
            Diante desse fundamento legal, distinto na lei, podemos refletir sobre o principio da União, ou seja... União significa ligação, associação, acordo, pacto entre dois ou mais elementos, visando uma convivência estável entre eles.
            Fechando “aspas”....

            OBS: Lembrando que, cada tipo de instituição, associação, sindicatos, clubes esportivos, cooperativas, dentre outras, cada uma possui uma finalidade e uma lei específica que a rege, segundo a constituição do nosso país, ou do país que você vive (para amigos leitores que residem fora do Brasil). Muito cuidado quanto a isso.

            Retomando....
            Vamos a seguinte situação: Nessa nova “entidade”, a promessa é que seremos um caso de sucesso, com verbas e que todos teriam reconhecimento, se daríamos bem, mas teríamos que avaliar os “associados” para que não nos misturássemos com aqueles que já trabalhavam apara outros! E se avaliarmos que, esses pudesse se misturar, ou seja, trabalhar com a gente, teria que avaliar caso a caso e com algumas restrições.
            Olhem que naba!
            Você acredita nobre amigo(a) leitor(a) que, essa nova instituição seria um caso de sucesso?
            Temos um % percentual para o não (que já é certo) e um % a conquistar no mercado para buscar o SIM! Ou seja, para toda ação nova que vou iniciar ou não eu já tenho, tenho que correr sempre atrás do sim... do sucesso!

            Pergunto: Será que, ao invés de entrar para essa nova “entidade” não seríamos capazes de fazer um comunicado, marcar uma reunião geral com representante, a fim de  todos  sentar juntos para uma boa conversa (incluindo os membros das outras 3 entidades) e uníssemos pela causa, pelo bem maior e juntos fazer a diferença?
            Creio que sim, é possível, mas teríamos que abrir mão de muitas coisas, principalmente do orgulho e do ego, da vontade de ser “importante”, “ter um nome”... e por ai vai. Mas enfim... Falo no plural, porque, querendo ou não, cada indivíduo tem seu pensamento e restrições a certas coisas... cada um teria que abrir mão de algo, em prol do coletivo.

            Quando nada disso que citei até agora é possível, o caminho mesmo é arriscar e tentar fazer a diferença e aceitar o desafio nessa nova entidade e, aos poucos, tentar mudar essa realidade, com competência, dedicação e atitude, além de coragem.... pensar no coletivo sempre e não somente em status e em benefícios próprios ok? Plantar a arvore, desde a semente, ir regando, visando o futuro, para colher bons frutos. Jamais se esqueça de regar.

A missão é nobre, é difícil, mas não é impossível.

            O Celebre profissional renomado no marcado, FlavioAugusto, certa vez escreveu o seguinte:
“Se falta de tempo realmente fosse uma justificativa para não realizar seus projetos, somente os desocupados teriam sucesso”.
“Vai ter muita gente dizendo que não vai dar certo. Acredite em você”.
“Identificou uma real oportunidade? Agarre e não solte por nada!”
“Nada é fácil. Tudo é possível. Comece pequeno e sonhe grande”.
          Veja que nobres pensamentos, e todos se encaixam nas situações que em poucas linhas, brevemente descrevi nesse texto.

            Mas onde eu quero chegar com esse assunto?
            Fácil!
            Têm-se uma oportunidade, seja na vida ou em uma entidade ou organização - você escolhe como quer chamar - não deve simplesmente aceitar por impulso e sim avaliar. Não somente avaliar se vale a pena, mas os fundamentos e principalmente, se não há alternativas.
            Nesse quesito, o espírito empreendedor deve falar mais alto, busque se qualificar, conhecer as leis que regem tal demanda e se realmente, aquilo que se quer faz parte do contexto real da organização. Conforme citei no exemplo, no início, da associação de árbitros.

            Fechamento...
            O esporte amador é muito desvalorizado, principalmente a arbitragem, mas vejo que falta uma pitada de algo, que pode fazer a diferença. Falta achar aquela estrela que brilha mais no céu ou aquela luz no túnel.
            Se buscarmos no dicionário o real significado da palavra “Amador”, encontramos o seguinte:

Amador (segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa):
(amar + -dor)
Adjetivo e substantivo masculino
1. Que ou o que ama; que ou o que gosta muito de algo ou de alguém. = AMANTE, APRECIADOR
2. Que ou aquele que, por gosto e não por profissão, exerce qualquer ofício ou arte.
3. Que ou o que revela inexperiência em algum assunto ou atividade.
Adjetivo
4. Que é praticado ou exercido por gosto e não profissionalmente (ex.: .esporte amador; teatro amador).

(Veja que interessante esses conceitos (alvos do próximo post)).

            Muitos, por adotar o conceito várzea, que informamente se reflete a periferias e bairros, locais com baixas condições e investimentos, pouco incentivo financeiro, olham essa categoria esportiva, com olhos negativos... rebaixam a categoria e muitas vezes, afastam futuros investidores.
            Isso infelizmente é realidade.
            Não é feio, não é preconceito, não é vergonhoso.. é sangue, é orgulho ou raiz, mas temos que ser realistas, principalmente no que se refere a instituições. Mesmo sendo adotando o conceito “varzeano” é possível chegar ao “amar + -dor”, ainda com mais facilidade.... (também assunto alvo na relação no próximo post).
            Com “incentivos” que vem evoluindo ao longo dos anos, o esporte amador ou de várzea, principalmente com leis de incentivos e patrocínios, vejo uma maior facilidade de acesso a certas coisas e um olhar diferenciado principalmente quando se revelam jovens talentos ao mercado profissional, principalmente com clubes mais organizados e qualificados nessa categoria. Infelizmente, arbitragem ainda está caminhando em passos lentos, mas em crescente evolução.

            E onde encaixamos as “Organizações”? De forma organizada, cada uma será a Principal chave (conceituada do post anterior da #GestãodoApito) e que fará toda a diferença. Não precisamos de passos acelerados, mas qualificados, ou seja, prezamos pela qualidade e não pela quantidade.

            Pense nisso, aprecie os pensamentos abaixo e até breve no próximo post...

 “Muitas das coisas mais importantes do mundo foram conseguidas por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver mais nenhuma esperança de sucesso”. (Dale Carnegie)
“Comece de onde você está. Use o que você tiver. Faça o que você puder”. (Arthur Ashe)



Fontes consultadas.
"amador", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/amador [consultado em 15-07-2019].

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