Opinião do Apito: Que Mestre


           Uns chamam de Mostro, Mestre, Rei, Lenda, dizem que foi o melhor Árbitro Brasileiro que já viram apitar. Ao longo da carreira, o Juiz natural de Braga RS esteve escalado em 1.198 partidas oficiais, esse foi Carlos Eugênio Simon.
           Se hoje tivesse a oportunidade de falar com Carlos Eugênio Simon, perguntaria a ele, como se faz uma carreira assim.
           O Mestre apitou 295 jogos na primeira Divisão do Campeonato Brasileiro e se não me engano é o Árbitro com mais jogos apitados na divisão.
           Simon apitou 5 finais do Campeonato Brasileiro (1998, 1999, 2001, 2002 e 2010) e 6 decisões da Copa do Brasil (2000,.197 jogoa 2002, 2003, 2004, 2006 e 2010).
           O grande Árbitro, apitou a final da Copa Libertadores da América de 2001 entre Boca Juniors (ARG) e Cruz Azul (MEX) e também esteve na final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA em 2002, entre Real Madri (ESP) e Olímpia (PAR).
           O Dono de três Copas do Mundo, arbitrou  ao todo, 27 anos de carreira, 13 dos quais com o escudo de Árbitro FIFA, sendo o mais antigo na cadeira.
           De todos 1.198 jogos Simon conta que em um jogo na Copa do Mundo na África, entre EUA e Inglaterra, ele foi revistado antes de entrar no jogo, pois o jogo tinha ameaça de atentado.
           Uma de suas frases marcante foi:
           "Os Árbitros têm que se impor mais em campo, entrar em campo e falar: "Espera um pouquinho, velho. Só um pouquinho. Não tem muita conversa: eu vou apitar e você vai jogar bola"....
           Quando me lembro deste grande Árbitro apitando, lembro de seus pênaltis sendo assinalados com firmeza. E sua camisa de arbitragem com a escrita:
           " Carlos Simon o Árbitro das Copas 2002, 2006, 2010."
           Seu ídolo na Arbitragem era José Roberto Wright e com seus 45 anos de idade Simon teve que se aposentar, pois a FIFA não permitia Árbitros com mais de 45 anos.
           Sua última vaia, foi no Engenhão no jogo entre Fluminense e Guarani pelo Campeonato Brasileiro, mas mesmo com a vaia na saída do túnel, Simon teve seu nome gritado pela torcida e foi aplaudido, por mais de 40 mil torcedores.
           Olha o que Carlos Simon disse em sua última intervista na saída de campo:
           "Tudo que fiz foi por amor ao futebol, eu agradeço a todos e até mesmos aos críticos. Que com suas críticas, fizeram eu querer crescer mais e mais. Muito obrigado."
           Carlos Eugênio Simon é um exemplo para todos Árbitros. Suas realizações, técnica, amor ao que fazia, faz ser uma inspiração para todos nós. Se tivesse que escolher um Árbitro Brasileiro ainda para estar apitando, com certeza seria o Sr. Simon.
           E você também escolheria?


#OpiniaoDoApito

De: Jhefferson Rodrigues.

A Bola e suas Particularidades em algumas Modalidades Esportivas


           No jogo, há um elemento muito importante que, até uma regra específica há para o mesmo: Nada mais, nada menos, estaremos falando da BOLA.
           Você deve estar se perguntando: mas o que falar sobre a “bola”?
          Sabemos que muitos profissionais, seja atleta ou árbitro, não atuam apenas em uma modalidade esportiva. Às vezes, guardar na mente o tamanho, peso e características dela, talvez não seja uma tarefa fácil de início. Também àqueles que atuam em apenas uma modalidade esportiva, julgo procedente conhecer um pouco mais sobre.
        Vamos ver e conhecer suas características e o que a regra fala, em algumas modalidades esportivas. Hoje falaremos especificamente de alguma modalidades que “joga a bola com os pés”.

           1. Futebol:
           Segundo as regras oficiais disponibilizado pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF*, temos a Regra 2 – A Bola. O que diz a regra sobre:
         
  1. Características e medidas
           Toda bola deverá:
• ser esférica;
• ser feita de material adequado;
• ter circunferência de 70 cm no máximo e de 68 cm no mínimo (27-28 in);
• pesar no máximo 450 g (16 onças) e no mínimo 410 g (14 onças) no começo do jogo;
• ter pressão equivalente a 0,6 – 1,1 atmosferas (600 – 1100 g/cm2) ao nível do mar.
           Todas as bolas utilizadas em jogos disputados em competição oficial organizada sob os auspícios da FIFA ou confederações devem conter um dos seguintes logotipos:


           Cada um destes logotipos ou referências indica que a bola foi testada oficialmente e que satisfaz às especificações técnicas definidas, pois respeitam as especificações mínimas estipuladas na Regra 2, que devem ser aprovadas pelo IFAB. As instituições habilitadas a efetuar os testes em questão devem ser aprovadas pela FIFA.
           Onde a tecnologia da linha de meta (TLM) for utilizada, as bolas com tecnologia integrada devem possuir um dos logotipos acima referidos.
           As federações nacionais de futebol podem exigir nas suas competições a utilização de bolas que possuam um destes três logotipos.
       Nos jogos disputados em competições da FIFA, das confederações ou das federações nacionais de futebol, é proibida qualquer espécie de publicidade comercial na bola. Somente o logotipo da competição, o nome do organizador da competição e a marca do fabricante podem ser postos na bola. O regulamento da competição pode impor restrições quanto ao tamanho e quantidade desses emblemas.

           2. Futebol de Salão simplesmente Futsal
           Segundo as regras oficiais disponibilizado pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão – CBFS**, temos a Regra 2 – A Bola. O que diz a regra sobre:
           A bola será esférica. O invólucro será de couro macio ou de outro material aprovado.
a) Para as categorias adultas, Sub-20, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 62.5 (sessenta e dois e meio) centímetros e no máximo 63.5 (sessenta e três e meio) centímetros. Seu peso terá no mínimo 410 (quatrocentos e dez) gramas e no máximo 430 (quatrocentos e trinta) gramas.
b) Para as categorias Sub-17 e Sub-15, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 62 (sessenta e dois) centímetros e no máximo 64 (sessenta e quatro) centímetros. Seu peso terá no mínimo 400 (quatrocentos) gramas e no máximo 440 (quatrocentos e quarenta) gramas.
c) Para a categoria Sub-13, masculina e feminina, a bola em sua circunferência terá no mínimo 55 (cinquenta e cinco) centímetros e no máximo 58 (cinquenta e oito) centímetros. Seu peso terá no mínimo 350 (trezentos e cinquenta) gramas e no máximo 380 (trezentos e oitenta) gramas.
d) Para as categorias Sub-11 e Sub-9, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 52 (cinquenta e dois) centímetros e no máximo 55 (cinquenta e cinco) centímetros. Seu peso terá no mínimo 300 (trezentos) gramas e no máximo 330 (trezentos e trinta) gramas.
e) Para as categorias com faixa de idade inferior ao Sub-9, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 49 (quarenta e nove) centímetros e no máximo 52 (cinquenta e dois) centímetros. Seu peso terá no mínimo 250 (duzentos e cinquenta) gramas e no máximo 280 (duzentos e oitenta) gramas.
f) A bola deverá estar calibrada conforme especificação do fabricante, entre 06 (seis) e 09 (nove) libras. Quando largadas a uma altura de 02 (dois) metros deverá subir a uma altura de 50 (cinquenta) a 65 (sessenta e cinco) centímetros.

           3. Futebol 7 Society
           3.1 Segundo as regras da CBSS – Confederação Brasileira de Soccer Society*** (uma das Confederações da modalidade) , temos a Regra 2 – A Bola. O que diz a regra sobre:
           01 - A bola deve ser esférica e seu invólucro de materiais aprovados e que não ofereçam perigo aos praticantes.
           A principal referência da bola e seu QUIQUE, em campo de grama natural ou sintética, sendo que, soltando-a de uma altura de dois metros o retorno do primeiro quique não pode ultrapassar a 0,80cm.         



Especificações da Bola e suas Categorias: 


           3.2 Segundo as regras da CBF7 – Confederação Brasileira de Futebol Sete**** (uma das Confederações da modalidade) , temos a Regra 2 – A Bola. O que diz a regra sobre:

          01 - A bola deve ser esférica e seu invólucro de materiais aprovados e que não ofereçam perigo aos praticantes. A principal referência da bola é seu QUIQUE, em campo de grama natural ou sintética, sendo que, soltando-a de uma altura de dois metros o retorno do primeiro quique não pode ultrapassar a 0,80cm.





 Especificações da Bola e suas Categorias:


           4. Beach Soccer
           Segundo as regras oficiais disponibilizado pela Confederação de Beach Soccer do Brasil – CBSB*****, temos a Regra 2 – A Bola. O que diz a regra sobre:
         
  Características e medidas:
           A bola:
• será esférica;
• ser de couro ou qualquer outro material adequado;
• terá circunferência mínima de 68 cm e máxima de 70 cm;
• terá um peso não superior a 440 g e não inferior a 400 g no início do jogo;
• terá uma pressão equivalente a 0,4-0,6 atmosferas ao nível do mar.
          
           Ressaltamos que: As fotos são meramente ilustrativas, porém podem ser um pouco diferentes em modelos e cores. Conhecer as mesmas e as diferenças existentes em diversas modalidades, é muito importante e os profissionais que atuam em mais que uma modalidade, devem ter muito cuidado com isso.
          Notamos também que em alguns casos, trouxemos mais informações do que em outras, porém estamos seguindo os livros de regras e caso tenha alguma dúvida, as referidas fontes seguem no final.
          Espero que o conteúdo seja de grande utilidade e posteriormente iremos falar das bolas em esportes jogados com as mãos (voleibol, handebol, basquetebol e demais).
Até breve!





Fontes consultadas e utilizadas na matéria:
** Livro de Regras CBFS: https://www.cbfs.com.br/futsal-regras
**** Livro de Regras CBSB: https://www.cbsb.com.br/cbsb/regras/

A Bola e a Regra


            Saudades de ver a bola de um lado para o outro nos campos de futebol. Mas mesmo em tempo de pandemia vamos colocar em prática nosso conhecimento sobre a regra do jogo, nesse caso a regra dois.
            A bola para ela ser considerada apta para uma partida de futebol ela precisa de algumas características, tais como: i) ser esférica; ii) confeccionada de material adequado; iii) circunferência de 70 cm (máximo) e 68 cm (mínimo); iv) peso 450  g (máximo) e 410 g (mínimo); v) pressão de 0,6 a 1,1 atmosferas ao nível do mar.
            Além disso, há duas situações de reinício do jogo quando a bola estiver defeituosa que  precisam da atenção redobrada do árbitro.
            Primeira, caso a bola venha ter um defeito (sair de suas características obrigatórias),antes ou no momento da execução de i) tiro de saída, ii) tiro de meta, iii) tiro de canto, iv) tiro livre, v) tiro penal, vi) tiro livre da marca penal ou vii) arremesso lateral, o reinício será conforme a regra correspondente. Ou seja, se o defeito ocorrer antes ou no momento de um arremesso lateral, quando o jogo for reiniciado volta para o arremesso lateral, se for de um tiro penal, volta o tiro penal e assim sucessivamente. 
            Na segunda situação, se o defeito ocorrer depois de uma cobrança para a frente de i) tiro penal ou ii) tiro livre da marca penal, sem que a bola toque em i) qualquer jogador, ii) no travessão ou nos iii) postes de meta, o tiro deve ser repetido. Veja que nesse caso, a bola tem que ser jogada para frente e não tocar em nenhum jogador, nem no travessão e nos postes. Mas se a bola ficar defeituosa depois da execução do tiro penal para frente e, em seguida, tocar no travessão? O árbitro pára o jogo e reinicia a partida no local em que a bola ficou defeituosa.
            Qual a diferença entre as duas situações? Simples. Na primeira situação o defeito ocorreu antes da execução. Na segunda, o defeito ocorre depois da execução dos dois casos citados na regra.  
            Assim, a bola nos deixou saudades, mas vamos colocando em prática nosso conhecimento sobre a regra do jogo, pois, ela voltará a correr e vamos precisar continuar preparados para fazer cumprir a regra do jogo.


Charles Brasil
Advogado e Professor.

Gestão do Apito: É possível fazer Gestão Financeira em Instituições para não deixar Árbitros desassistidos em alguns momentos da Vida


            Estamos, principalmente a população menos favorecida de nosso país (fora desse também) está sofrendo com os reflexos imediatos referente a pandemia de COVID-19.
            Nunca que imaginávamos que iríamos  vivenciar uma situação dessa, uma Pandemia. Conceitualmente, segundo o site Brasil  Escola, uma pandemia ocorre quando uma doença espalha-se por uma grande quantidade de regiões no globo, ou seja, ela não está restrita apenas a uma localidade, estando presente em uma grande área geográfica.
            Na linha de tudo que se fala de negativo nesse momento que estamos  vivendo em nosso país, venho  hoje falar também sobre, mas não para criticar (que não é o momento), mas trazer uma ideia diferente do que é praticado (não necessariamente todos praticam). Essa ideia da realização da matéria surge com aval e com a parceria do Árbitro Cícero Aparecido da Silva, Árbitro da Federação Paranaense de Futebol e da Liga de Futebol de Londrina – PR, onde em diálogo formal comigo via whatsapp, expressou sua visão sobre o atual momento da arbitragem, principalmente na classe amadora do esporte (porém pode ser aplicada em todas).
            Ressaltando, o foco desta matéria é direcionado à Arbitragem.
            Antes de tudo, ressalto...
            Vejamos que o caus é geral, mas não é momento de nos apavorarmos e surtarmos. Temos que seguir todas as orientações por órgãos e especialistas em saúde. O Governo Brasileiro busca auxiliar e trazer soluções (não estou discutindo o mérito dessas), a  várias classes menos favorecidas da sociedade, principalmente aos profissionais autônomos.  Todas as informações  devem ser buscadas através do Ministério da Cidadania, Secretaria Especial do Desenvolvimento Social,  disponível na internet através do site http://www.desenvolvimentosocial.gov.br/. Não deixe de se informar!

            Voltando....
            Cícero é uma pessoa simples, mas tem uma visão extraordinária na arbitragem e tem muito a colaborar.... e minha meta aqui é ouvir ele, argumentar com ele e juntos trazermos soluções práticas.
            A preocupação do mesmo, bem como a minha é plantar boas sementes dentro das instituições, começando pelas pequenas, que muitas vezes, pecam pelos processos de gestão que utilizam. Lembrando: não estou generalizando. Há sim pequenas instituições que são modelos e exemplo até para grandes instituições  do esporte.
            A ultima semente plantada aqui no Blog, na #GestãodoApito  foi Dicas para Qualificação de Profissionais de Arbitragem, Atletas e Gestores Esportivos – Faça a Diferença: Qualifique-se! – Matéria disponível através do link http://blogalemdoapito.blogspot.com/2020/03/gestao-do-apito-dicas-para-qualificacao.html.
            Convoco a você árbitro, aproveite o momento que está sem escalas, o momento que está em casa com tempo útil, qualifique-se. Além disso, repasse aos demais. Se você é gestor de instituição, o seu compromisso com a categoria é maior ainda, vamos juntos nessa caminhada!
            Faça a sua parte. Eu estou fazendo a minha!
            O momento é de extrema importância e de conscientização dos gestores de instituições, seja uma empresa esportiva, uma associação, um sindicato, um grupo fechado de profissionais. Precisamos de vocês líderes! Gestores! Presidentes! Diretores! Precisamos de vocês para iniciarmos um “modelo” diferenciado a ser Modelo em nosso país, no estado, na sua região. 
            Claro que apenas de qualificação, ninguém viver.  Os profissionais precisam e merecem Respeito (não adianta apenas fazer campanha e sim, se ações). Precisamos que, por exemplo, a Lei 12.867/2013 – Lei que reconhece a Profissão de Arbitro de Futebol como Profissão: **  Art. 1º A profissão de árbitro de futebol é reconhecida e regulada por esta Lei, sem prejuízo das disposições não colidentes contidas na legislação vigente.
            Gestor de Instituição de Arbitragem seja qual porte for: Precisamos de você (a categoria precisa). Precisa de orientação profissional além dos cursos de arbitragem e você precisa estar qualificado também e apto para orientar cada um.  O mínimo de gestão de organizações, gestão financeira e gestão de pessoas. Digo isso porque esses são os requisitos mínimos para o bom funcionamento de um sistema e quem move esse sistema ao os árbitros, são as pessoas!
            O Blog da FUNDACE * conceitua da seguinte forma: A gestão de pessoas ajuda as organizações a alcançarem seus principais objetivos, que são satisfazer a necessidade e o desejo de seus clientes com produtos ou serviços de qualidade, de modo que proporcionem uma experiência positiva. Para que a empresa consiga a excelência, a valorização do capital humano tornou-se uma questão primordial.
           
            Onde entra Cícero nessa história?
            Simples.
            Diante de sua experiência no mercado, o mesmo vem analisando cenário da arbitragem e nos trouxe uma dica ou ideia (cada uma classifica como bem entender), a qual acredito ser muito útil e um modelo a ser pensado, juntamente com ajustes que creio ser necessários (juntando o útil ao agradável):
            A cooperação mútua de ambas as partes é de suma importância. Vou ir descrevendo e exemplificando, para ficar melhor  o entendimento.
            Vamos trabalhar com a Instituição X:
            O que ela deve fazer?
            Realizar um contrato de prestação de serviço com os árbitros (colaboradores);
            Árbitros fiquem cientes de seu papel (como se fosse seu emprego), mas pode ter contrato com mais de uma instituição, respeitando algumas normas a serem definidas;
            Reciclagem gratuita aos seus colaboradores, ou a um valor mínimo, visando o crescimento de todos.
            Pagamento segue por taxas, mas taxas dignas sendo próximas, sendo a diferença entre  assistência e central, no máximo de 30% ou seja, se pagar 100,00 ao arbitro central, assistência deve ser no mínimo de 70,00, pois a qualificação profissional é a mesma e ambas são de extrema importância (ninguém é mais do que ninguém).
            Essas taxas serem pagas aos seus árbitros, assim que somadas pelo departamento financeiro, no final ou inicio do mês, a todos, com uma data fixa a todos.
            Pagamento de um seguro obrigatório aos profissionais,  podendo facultar a esses a adesão de um seguro melhor, visto que as instituições financeiras do país possuem seguros coletivos muito bons e facilitam a adesão de outros para colaboradores de instituições pessoas jurídicas.
            Ao realizar o pagamento das taxas, realizar obrigatoriamente o recolhimento dos tributos, como INSS e ISSQN, segundo as normas trabalhistas do país.
            Até ai, não há novidade.  Agora vamos ao novo:
            Ao invés de cobrar para ter fluxo de caixa, a tal anuidade dos colaboradores (árbitros), busque patrocínio para sua instituição.
            Sugerimos que a gestão da Instituição pode estipular no contrato um desconto, sobre o valor a pagar, por exemplo, de 5% do valor total líquido, conforme exemplo abaixo.
Bruto x
- INSS (11%)
- ISSQN  (5%) .
Vamos dizer que o liquido ficou em 3.000,00
Taxa de 5%  = 150,00
Restando a pagar 2.850,00.
            Mas ai você estará me perguntando. O que irão fazer com esses 5%, ou seja, 150,00?
            A ideia que esse valor vá para um fundo, de emergência ou de contingência, do próprio árbitro, diretamente ao banco, aonde a empresa é obrigada a depositar e não pode mexer, estilo uma poupança.
            A instituição tem que ter controle e gestão sobre os valores de cada colaborador, prestando conta aos interessados, mensalmente, trimestralmente,  semestralmente ou quando acordado.
            Lógico que mês a mês, dependendo no número de escalas, esse valor de 5% para “o fundo” irá variar, de acordo com as escalas e de acordo com cada colaborador.
            A instituição pode gerenciar o valor de forma individual ou em um fundo coletivo (com valores de  todos) a fim de buscar nas instituições financeiras aplicações trazendo uma rentabilidade e ratear essa, de acordo com numero de escalas ao longo dos anos, quantos anos de fidelidade tem com a instituição, e assim por diante.
            Em cada instituição que o prestador de serviços tiver um contrato, ao longo de sua vida vai montando essa  poupança, podendo ser mexida em alguns casos apenas, os quais falarei mais adiante.
            A ideia é ter a anuidade, mas essa ser retornável ao profissional, ou seja, ao Árbitro.
            Interessante também, sobre os patrocínios recebidos, a instituição destinar um percentual também a fundo dos árbitros, bem como do possível lucro em que a instituição possa ter sob contratos, licitações e outras prestações de serviços que realizar. Escalonar por tempo de serviço (por exemplo, 2 anos de prestação de serviços recebe x desse valor; 5 anos já recebe x desse valor; 10 anos recebe x desse valor), não entrando apenas merecimento, mas fidelidade com a profissão x instituição (a qual tem que ser séria e ter uma gestão qualificada).
            Esses são apenas exemplo, mas várias coisas podem ser pensadas (previdência privada, dentre outras).
            O modelo que sugerimos (eu e Cícero), é um modelo cooperativo, pois arbitro é profissional e não é escravo. Dessa forma, com modelos adotados, em momentos como vivemos hoje, o arbitro tem esse valor. E outra é um valor seu, fruto do seu trabalho e não ajuda, onde as quais, muitas não são justas com os profissionais (sabemos que a gestão de uma instituição x pode flexibilizar as ajudas como bem entender e não é o ideal).
            Veja, o arbitro terá contratos, terá seu INSS   e tributos recolhidos, mas para isso vai ter que suar a camisa e ter um socorro quando precisar.
            Mas ai vem a pergunta: quando pode-se mexer nesse fundo?
            Sugerimos que seja em momentos como hoje (pandemias), quando ficar doente (com critérios), quando rescindir seu contrato (provavelmente atem que haver cláusulas de tempo x), quando se aposentar, em caso de morte e outros casos a serem vistos.
            Muitos podem falar que se assemelha com um FGTS esse “fundo” que citamos, mas é um socorro que o profissional possa ter e os gestores tem que estar cientes de que esse modelo é importante.
            Abaixo mostrar o cálculo de como funciona (por árbitro), em um cenário variável de  aportes, por ordem cronológica de 30 meses.


Fonte: Dados moldados para exemplificação pelos autores

  
            Se a instituição possuir  em torno de 30 árbitros ativos, com essa média de aportes investidos no fundo, nos mesmos 30 meses, teremos um montante conforme demonstrado abaixo:

                                     Fonte: Dados moldados para exemplificação pelos autores

            Agora, faremos uma simulação, com os aportes da empresa no fundo, com depósitos de um percentual sobre patrocínio e demais rendas, sendo para Licitações ganhas,  valor bruto de até 50 mil o aporte é de 1% no Fundo, acima desse valor é 2% (podendo ter mais escalonamentos mediante acordo). Lembrando que os aportes é do valor bruto e a partir dai, são realizados os pagamentos aos árbitros, da Instituição.
          Veja quadro abaixo:
Fonte: Dados moldados para exemplificação pelos autores

Fonte: Dados moldados para exemplificação pelos autores
            
           Após isso, temos  a soma do valor dos árbitros investido por eles, no fundo (cenário individual e coletivo de 30 árbitros), acrescentando o aporte dos patrocínios, mais os aportes das licitações, já com o investimento de 0,8% aplicados ao mês.
Vejamos:

Fonte: Dados moldados para exemplificação pelos autores
            
          Lógico que são valores meramente ilustrativos, porém nos mostram que, se com 30 meses, 30 árbitros, e um cenário muito favorável com licitações, chegamos a fundo de aproximadamente 147.000,00, imagina se elevarmos essa equipe, podendo atrelar cenários com mais profissionais envolvidos e, reduzir o valor das licitações, mas manter diversos contratos e ao longo do ano, em um cenário de 10, 15 anos ou até mais, durante a trajetória de uma bela carreira de um árbitro, teremos um montante bem significativo.  Já pensou nisso? Não é lógica, é matemática!
            O que mais importa é aonde queremos chegar:
            Que em momentos como esse, em meio à pandemia, em nosso cenário, os 30 árbitros (mantendo a média de atuações), teriam um montante de 4.888,69, dinheiro deles, investido por eles e por uma gestão competente dessa x instituição. Não é um valor alto, mas a ajudaria a manter nesse período, pelo menos o básico em suas famílias e seu INSS em dia,  e mais auxílios que possam a receber do governo.
            Em próximas matérias, traremos um cenário mais avançado, de no mínimo 10 anos e com argumentos capazes de comprovar que com gestão, união e capacidade de querer  fazer a diferença, o árbitro poderá exercer a sua profissão e no final de sua carreira terás um valor considerável para desfrutar, além da aposentadoria.
            Lembrando que essa matéria foi desenvolvida em conjunto: Processo de gestão e cenários pelo Árbitro Cícero e o texto, em colaboração com Liziane da Silva. 
       Ressaltamos que, respeitamos todos os modelos de gestão e principalmente financeiros, aplicados no mercado hoje, principalmente referente a instituições. Nossa matéria é colaborativa e quaisquer dúvidas ou esclarecimentos, ficamos a disposição. Estamos aqui para colaborar e não para desconstruir em momentos de crise. Juntos somos mais e melhores.


Ressalvas - editado em 03/04/2020.
          Nesse modelo, o árbitro possui um pequeno contrato (Contrato de Prestação de serviços Autônomo), mas segue autônomo, podendo trabalhar onde bem entender, podendo trabalhar também em instituições que não possuem esse modelo de investimento. Quem perderá será o mesmo!
          Muitos terão a dúvida e questionar do vínculo trabalhista. Sabemos que o arbitro tem a flexibilidade hoje de escolher o seu campo de trabalho e neste modelo, também terá, conforme informamos acima. Se a instituição realizar um contrato muito bem detalhado, não querendo se beneficiar neste sobre o profissional e ambas as partes forem leais, entender a lógica e gerenciar a instituição com ética, moral e em benefício de todos, não terão problemas, pois a satisfação de fazer parte da equipe será enorme.
           Como citado no texto, as pessoas e a instituição, terão a flexibilidade de chegar a um consenso de quando e como utilizar os valores, onde o citado no texto é apenas uma sugestão. Cada modelo adotado deve ser estudado de acordo com a instituição, realidade desta, região do pais e várias outras situações.

          O que queremos passar neste é que, é possível sim mudar a realidade hoje, porém precisamos de gestores e pessoas qualificadas, competentes e dispostas a mudar o real cenário, em frente as instituições. Quando falamos em instituições falamos em todas do ramo da arbitragem, não importando seu porte.

Referencias:
** Lei Arbitro de Futebol – Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12867.htm

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