“Durante mais de um século, o árbitro
vestiu-se de luto. Por quem? Por ele. Agora, disfarça em cores”.
Definitivamente, ser árbitro de futebol não é fácil. Todos os pontos
apresentados neste livro mostram um pouco da realidade vivida por estes donos
do apito. Para comandar uma partida não basta saber todas as regras ou fazer os
cursos de arbitragem. É preciso ter o dom. Às vezes despertado por vocação,
outras, por convivência. Mas uma coisa é certa: somente os bons alcançam a
glória. O árduo caminho para chegar ao topo da carreira depende do esforço de
cada indivíduo, ainda que um pouco de sorte ajude.
Frações de segundo podem mudar o
destino. O preparo psicológico é essencial, a pressão é inevitável. Apesar de
se dedicarem ao máximo, são raros aqueles que têm no apito a principal fonte de
renda. O encanto pela profissão também pode acabar. Vale rezar, se benzer, e
até pedir aos deuses do futebol para que tudo transcorra da melhor forma
possível. Mas quando a bola rola, todos o odeiam. Se não, passam a odiá-lo.
Estando certo ou errado, pouco importa. Ele é o “Juiz ladrão!”. Se for mulher,
pior ainda. O machismo ainda reina no futebol. Ao fim de cada partida, cuidado
para não sair de camburão. O nome dele sempre será lembrado, pelo bem ou pelo
mal. Pode até ter ajuda da tecnologia, já que o árbitro de vídeo é cada vez
mais realidade. Mas que todos tenham em mente: trabalho bem feito, consciência tranquila...
pelo bem do futebol.
Fonte:
Lucas Papel. A Figura do árbitro de
futebol no Brasil. Uberlândia – MG, 2017- Pág 74.
Todos direitos reservados aos seus
idealizadores.
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