Segundo
Cagical (1978), existe um modelo de líder que incorpora dois modos aproximados
que se chamam “facilidade de observação”, como grau de conhecimento da ação que
está acontecendo, devido à sua
posição em um espaço; e a “visibilidade” que pode ser explicada como a
aparência do que está acontecendo em quadra e vista por espectadores, técnicos,
mesários e jogadores.
Podemos
ver que
o líder deverá
estar sempre buscando
formas de observar
a partida de uma
maneira facilitada para
conseguir controlá-la de
acordo com as
regras da partida
e da modalidade
em questão (SCHEINES, 1992).
Esta proposta nos
faz observar que
o árbitro deverá
encontrar formas de observar os jogadores para poder evitar as
faltas e violações.
Assim, o
árbitro concluirá que
sempre deverá ter
conhecimento sobre a
partida, não só em teoria, mas
também prático como a mecânica
de arbitragem que,
se bem feita,
facilita a atuação
dos árbitros. A arbitragem
deve conhecer a
partida em todas
as visões, sejam
elas de jogadores,
técnicos, mesários e torcida, para não exercer a sua liderança na hora
errada.
Existe um
preceito que diz
que as pessoas
que estão envolvidas
com alguma partida
podem trazer seus problemas pessoais para dentro da quadra, ou seja, de
fora para dentro de um contexto de pressão e tensão que pode ser aliviado
durante a partida (FIORESE, 1989).
Percebemos que
a competição é
importante para o
desenvolvimento da forma
esportiva. A competição, por si
só, não pode
preparar o árbitro
para qualquer tipo
de situação de
quadra. Cada competição difere
da outra segundo
características psicológicas (estado
psíquico dos competidores
e dos árbitros), técnicas específicas (jogadores e árbitros) e condições
físicas dos competidores e árbitros.
É
necessário que o árbitro participe de vários tipos de competições, com
diferentes equipes, que jogam de diferentes
formas, e com
árbitros diferentes, que
trabalhem de forma
diferente da sua.
Isto é necessário para que um
árbitro não se acostume só com um tipo de arbitragem.
Quando existe
uma variedade de
competições o árbi9tro
consegue adaptar –se com
maior facilidade a qualquer situação nova para ele.
As competições
em que o
árbitro irá participar
será de acordo
com sua categoria, portanto podemos dizer
que existem competições
preparatórias (árbitros que
estão começando junto
à árbitros experientes), as
importantes (árbitros mais avançados com árbitros mais experientes) e as
principais que serão arbitradas por árbitros internacionais.
Inevitavelmente o
árbitro pode ser
substituído quando está
tendo uma má
atuação. O jogador, quando o
técnico vê necessidade,
pode ser substituído
para se acalmar,
receber instruções, sofrer retoques com
relação ao seu
desempenho. Isso vale
também para um
pedido de tempo próprio.
Já o árbitro, não
recebe este benefício,
devendo estar concentrado
na partida, tentando
separar o cotidiano do momento, (THOMAS, 1981 e
OLIVEIRA, 1988) contrariando o pensamento de Fiorese (1989).
Isso
é muito difícil, mas não impossível. O árbitro deverá criar o hábito de se
concentrar durante as horas em
que estiver envolvido
com a partida,
tornando assim seu
trabalho mais produtivo.
Esta concentração deverá estar em
um nível de motivação ideal, ou seja,
nem baixa, nem alta. O objetivo é fornecer condições que possibilitarão uma
melhor atuação sem estimular até um nível de motivação que possa prejudicar a
arbitragem.
Nenhum
árbitro pode ir para uma partida sem um objetivo ou só com o de “apitar”. Ele
deve pensar em coisas que o façam ter vontade de estar aonde ele chegou ou quer
chegar (MACHADO, 1998 e 1992) . Esta motivação vem de necessidades, das
prioridades que todo profissional sente.
O árbitro
deve pensar em
seu prestígio em
relação ao público,
jogadores, técnicos e comentaristas; sua auto –afirmação,
sucesso, reconhecimento, ambição e postura, superação de erros e aceitação
devem ser sempre
revistas, a cada
momento da carreira:
as necessidades movem
as pessoas, e a necessidade de cada árbitro deve ser um motivo em sua
carreira.
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