Tão certo como o frio outonal vem depois do verão e a seguir o
tenebroso gelo invernal, as críticas à arbitragem de futebol vieram à tona na
esteira do desenvolvimento do Campeonato Brasileiro de 2016.
Nada de novo sob o sol. Trata-se de um comportamento recorrente
no futebol brasileiro e, talvez com menos intensidade, mundial: debitar na
conta do desempenho da arbitragem os insucessos do time dentro de campo. É um
mecanismo de defesa utilizado especialmente por dirigentes e torcedores e,
eventualmente, sancionado por comentaristas esportivos.
Por mais que seja desagradável para os que militam no universo
do apito e das bandeiras, é forçoso reconhecer que nem sempre as críticas
negativas são injustas. Erros acontecem no exercício de todas as profissões, inclusive
no mundo do futebol, onde zagueiros calejados cometem falhas bisonhas e
centroavantes consagrados erram gols feitos, inclusive em faltas cobradas a
partir da marca da cal. Logicamente, árbitros e assistentes não estão imunes a
estes tropeços profissionais – por vezes evidentes.
Sendo assim, a categoria dos homens e mulheres de preto já está
acostumada às restrições ao seu desempenho dentro das quatro linhas. Faz parte
do jogo: a crítica ao trabalho da arbitragem, mesmo quando injusta, faz parte
da cultura do futebol. O espetáculo das multidões não pode e não deve parar por
causa disto.
Agora, cabe diferenciar estas admoestações frutos da paixão
clubística – algumas óbvias, outras simplórias – das manifestações grosseiras e
injuriosas que ferem a honra pessoal do árbitro ou assistente. Estas últimas
serão sempre alvo de repúdio e, mais do que isto, de ações judiciais por parte
das entidades sindicais representativas da arbitragem do futebol brasileiro,
sempre visando preservar a honra e a dignidade pessoal e profissional dos
homens e mulheres do apito que contribuem com seu ofício para promover a
grandeza do futebol brasileiro. No mais, o árbitro trila o apito e o bola começa a
rolar com um bom espetáculo para todos .
Sugestões, criticas, elogios, comentários, entre outros:
ALEXANDRE ROGÉRIO MARQUES
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