Opinião do Apito: Tempos de Pandemia e a Depressão do Apito


            Que saudade de estar com você, neste campo um pouco ralado no meio de tantas emoções. Que saudade de ser xingado, vaiado e pressionado por toda a multidão.
            A cada falta marcada, vem um grito e com grito, o canário voa e se o canário voa, logo o cardeal vem.

Fonte: Google Imagens


            Como maestro desta orquestra, as dezessete notas eu guiarei e quem desafinar, logo eu tirarei.
            Nas laterais tenho dois olhos de águia, que voam até a linha de fundo. E quando o corredor queima a largada, eles sinalizam para avisar.

Fernanda Colombo Fonte: Google Imagens


            Ohh saudade, saudade do barulho da plateia que grita sem parar. Que com suas músicas, fazem o seu grupo dançar.
            No palco e um pra cá e dois para lá. E quando o outro grupo tenta para a dança com música brega, eu chego para acertar.
            Às vezes uma prosa já resolve, mas quando na lábia não rola, o cartão aparece e os homem já se acalmam.
            Às vezes eu me esquento, falo grosso e digo chega, mas quando o momento passa, eu já vou acertando as conversas, até porque meu lema e educação e respeito.

Fonte: Google Imagens


            Minha mãe tá sempre comigo, mesmo ela sendo uma santa. A família eu deixo em casa e vou com Deus guiando meu caminho.
            Meu mundo é meio turbulento, escrito por letras tortas e admirado por poucos. Sou julgado pela plateia e as vezes até pela minha orquestra, mas uma coisa que nunca posso deixar acontecer é eles querer dominar o meu espetáculo.
            Já se faz mais de cem dias que não apito e não vejo a hora de apitar. Agora sei o que é uma geladeira e é algo que nunca mais quero experimentar.
            Queria agora mesmo entrar em um campo, mas sei muito bem que o melhor agora é esperar. Depois que tudo passar, aí sim, o apito assoprar.
Jhefferson Rodrigues.



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